
MULHER!
Cabelo comprido, curto, apanhado ou esticado, maquilhada ou ao natural, com batom ou sem ele, de unhas pintadas ou sem verniz, de saltos altos, rasos ou de sapatilhas; desportiva, clássica, natural, n...
Diana .
É frequente algumas pessoas dizerem-me que se sentem más pessoas porque tiveram de dizer um “Não posso”, “Não consigo”, porque fizeram o contrário do que a família, amigos ou colegas de trabalho esperavam, porque seguiram outros caminhos menos normativos e menos comuns, ou simplesmente porque foram verdadeiros e partilharam de forma honesta a sua forma de ver e percepcionar o mundo.
Acredito que temos de construir outros diálogos e histórias sociais sobre o que é ser-se boa pessoa e o que afinal significa essa outra construção.
Ser boa pessoa não é ser-se “bonzinho”, não é ser submisso, não é não ter opinião, não é dizer sempre sim, não é não se defender, e não é viver a vida em função do que os outros querem. Não é. Ser-se boa pessoa são muitas outras coisas, sendo que tudo o exposto anteriormente pode ser o reflexo de falta de amor, confiança, assertividade e saúde.
Acredito que ser-se boa pessoa é acima de tudo viver com respeito a si e ao próximo, é ter valores de respeito, paz, integridade, lealdade, união, empatia, amor, crescimento e liberdade pela diferença e pelas necessidades do outro. Ser-se boa pessoa é ajudar o próximo, sim, não significando isso, deixar de se ajudar a si mesmo, contribuindo para a uma comunidade e para um mundo mais sustentável e saudável. Ser-se boa pessoa é contribuir para um mundo mais equilibrado, justo, inclusivo e respeitador do próximo. É ajudar porque faz sentido e dá sentido à vida, porque se tem energia e propósito, e não porque se vive desesperado pela validação e reconhecimento exterior. Acredito profundamente que ser-se boa pessoa é ser-se honesto e verdadeiro consigo e com os outros, tendo a capacidade de reconhecer se se está a ajudar pelo outro, ou para não nos sentirmos más pessoas. Acredito que a ausência de saúde mental também é o reflexo de não se saber colocar limites e se andar esgotado e fora de si, em função desta ideia de ser-se “bonzinho” e dependentes e ávidos da atenção do outro.
Ser-se boa pessoa implica estarmos bem connosco, sabermos cuidar de nós como sabemos cuidar dos outros; é dizer NÃO ao outro quando não se consegue mais, para dizermos SIM a nós, ao nosso descanso, à necessidade de parar, à necessidade de cuidarmos das nossas vidas individuais e familiares. Ser-se boa pessoa não se resume a servir o próximo exclusivamente, mas a cuidarmos e servirmo-nos a nós, também. Acredito que quando paramos e assumimos que não vamos conseguir estar sempre disponíveis, reconhecendo que algumas das nossas dores e SINS são o reflexo da dependência emocional pelos outros, e da sua valorização, caminharemos para um mundo mais saudável, movidos verdadeiramente pelo amor ao outro e a nós.
E sim, as boas pessoas podem ter opiniões contrárias à maioria, podem defender-se sem atacar, podem escolher não responder ou responder assertivamente sem se tornarem submissas e podem fazer escolhas e percorrer caminhos sem a aprovação dos outros.
Para sermos boas pessoas precisamos de aprender a comunicar limites com assertividade e amor, precisamos de trabalhar os vínculos que temos com os outros, e de cuidar de quem somos para melhor contribuirmos para o mundo. O mundo é antes de mais, o reflexo de tudo o que fazemos em nós, e depois com os outros.
Diana
Cabelo comprido, curto, apanhado ou esticado, maquilhada ou ao natural, com batom ou sem ele, de unhas pintadas ou sem verniz, de saltos altos, rasos ou de sapatilhas; desportiva, clássica, natural, n...
Ao longo da vida, vamos construindo histórias de desamor e de falta de confiança, muitas vezes baseadas em pequenas experiências na infância ou na adolescência, seja em função de uma educação parental...
Se olharmos ao longo do tempo vamos perceber que a nossa relação com o tempo talvez nunca tenha sido a mais saudável do ponto de vista mental e emocional. Oscilamos mais entre o que foi e o que será...